Numero 17
Agora que ele conhece, ele reconhece. Valor é algo intangível que somente quem vivenciou a experiência e o esforço da criação e precisão sabe reconhecer. Algo que passa despercebido pela maioria, mas que salta aos olhos de quem vê além das aparências.
O valor de uma marca, o valor do design , do acabamento, da precisão, da durabilidade, da confiança , do perfume. Enfim, da mensagem subliminar que somente quem tem sensibilidade pode perceber.
Quanto vale uma marca, um design perfeito, uma ideia expressa de forma bela e graciosa?
1.000 cartões de visita custam 100,00. Mas o design custa 500,00. O cartão é só papel impresso, mas o design é a mensagem que ele transmite, que expressa com clareza o valor intangível que o profissional agrega ao produto ou serviço que oferece.
Aquele que agrega este valor intangível aos objetos o transforma em algo valioso e une o visível ao invisível, o intangível ao material.
Quanto maior este valor agregado, maior o preço e maior o retorno gerado. Mas também isso exige maior cuidado na fabricação e nos processos porque precisa haver uma relação forte entre a ideia que um produto expressa e sua aparência e formato, caso contrario ele não seria capaz de sustentar a ideia.
E tudo começa desde o projeto de criação, os processos de preparação, testes cuidadosos e processos bem desenhados. Que seus fabricantes tenham este mesmo bom gosto em suas almas, que seus operários tenham processos rígidos de fabricação e que entendam a mensagem por traz do produto.
Afinal, o produto não é apenas o seu material. A parte intangível é aquela de maior valor e ela não pode ser perdida. Ela é invisível aos olhos e não pode ser transportada nas esteiras de produção, mas sim no coração de quem produz.
Os países que exportam produtos com este valor agregado são os mais ricos enquanto aqueles que exportam apenas matéria prima são os mais pobres.
Porque matéria pura é pobre. É o espirito que enriquece a matéria quando lhe agrega valor.
Como levar este conhecimento as pessoas e ajuda-las a reconhecer o valor das coisas?
Esta pode ser uma das possíveis explicações por trás da injustiça na divisão de rendas entre os povos. Sem cultura e educação as pessoas não reconhecerão os valores agregados aos bens e serviços e buscarão apenas as coisas materiais.
E mesmo que possuam os produtos, serão "pobres de espírito." Viverão imitando aqueles que realmente reconhecem o valor, mas irão em busca de coisas de pouco valor e não serão capazes de reconhecer e "pagar o preço" das coisas realmente valiosas, e na hora de produzirem, serão displicentes com estes valores que elas não reconhecem, aqueles que fazem uma grande diferença para o crescimento e prosperidade, tanto material como espiritual.
E não é somente de produtos e serviços de consumo que estamos falando. A maneira como fazemos as coisas no dia a dia, a maneira como respeitamos os processos, como cuidamos das pessoas, como nos portamos em nosso trabalho e em casa demonstra este reconhecimento do valor interno das coisas. Quem não o possui, despreza e desperdiça tempo e recursos, agride o bom senso e a ordem e compromete seu progresso.
E não adianta dar as pessoas aquilo que elas só conseguirão através do crescimento de suas necessidades espirituais.
"A quem tem será dado e a quem não tem será tirado"
Um homem de valor consegue ver os dois mundos simultaneamente , o interno, que expressa um valor intangível e inconsciente, e o valor externo que expressa a perfeição e o acabamento do produto, a matéria prima empregada e até os processos de produção e o rigor e precisão nos mínimos detalhes...
Um homem de valor não despreza nada e nem ninguém e se relaciona com todos sem o menor preconceito e isso amplia em muito sua capacidade de fazer ligações.
Ele adquire assim muitos pontos de informação muitas vezes contraditórios, mas aprende aos poucos a fazer ligações, conecta e cria novos produtos e serviços para atender necessidades internas através deste produto.
Quando os demais vendem um produto, ele vende uma ideia por traz de um produto.
O que lhe move na verdade é esta ambição de propagar a ideia e levá-la a muitos outros através da materialização da ideia que este produto carrega consigo.
Para ele não existem crises, problemas ou conflitos, tudo é oportunidade de melhorar interna e externamente os produtos e serviços e de abrir novas fronteiras para as pessoas.
Como sempre, esta experiência traz muitos excessos, a ambição se torna um vicio e a melhoria continua uma necessidade cansativa.
Mas também faz nascer uma nova visão, pelo exercício constante do contraditório, dos relacionamentos e da relação entre causa e efeito para buscar o melhor equilíbrio.
Surge a visão do intangível, do invisível.
Que alegria é reconhecer a presença de valor em todas as coisas, em cada gesto humano, em cada iniciativa, em cada sorriso, em cada expressão e em cada obra... Há um valor em tudo, que pode ser percebido por aquele que aprendeu a reconhecer. E assim nada é insignificante, tudo é extremamente valioso...
As pepitas de ouro agora podem ser encontradas em todos lugares e em todas as coisas...não precisam ter forma nem peso nem tamanho para ser reconhecidas... Elas são intangíveis e invisíveis para a maioria , mas claramente perceptíveis para o homem de valor.
Não apenas nos produtos e serviços, mas a visão da alma das coisas das pessoas e do mundo. O invisível para a maioria se torna tão claro para ele, que parece que adquiriu uma terceira visão que une os dois mundos.
Ele vê as pessoas além das suas formas, ele vê suas almas e reconhece beleza e encanto, mesmo nas formas mas pobres, nas pessoas mais feias e descuidadas. E como empreendedor nasce uma nova ambição... Ajudar as pessoas a reconhecerem e expressarem seu valor interior.
Mas para isso vai precisar controlar ainda sua ambição.
Ele agora pode ver a Alma do Mundo.
"Eu te vejo em todos lugares, e te sinto em todas as coisas ...
Tu estás em cima e em baixo, do lado de dentro e do lado de fora.
Tu sustentas o universo e todas os sistemas e tudo está repleto de Ti...
Tu és o Todo, e ao mesmo tempo Único.
Tu és o Trovão, Tu és o maravilhoso Silêncio..."
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Imaginem uma casa, um palácio. Nesse palácio vivem muitas famílias. Algumas famílias sao mantidas a pão e água, algumas passam fome. Outras vivem regiamente, usufruem de todos os bens naturais que teoricamente são de todos. Algumas pessoas acreditam que as crianças famintas tem a obrigação de competir de “igual pra igual” com os bem alimentados.
ResponderExcluirO que vcs acham? Essa seria uma energia 8 de antigamente, onde os mais espertos e que tiveram de nascença mais oportunidades e gastam com seu próprio prazer o que outros nao conquistam nem para comer?
Qual seriam os paradigmas de um 8 evoluído? Que tipo de riquezas ele cultivaria? Que tipo de perfeccionismo e investimento ele faria ou exigiria?