Quem já não viveu um grande amor ? Ou terá sido uma daquelas
paixões passageiras, do tipo fogo de palha ? E quem se importa em definir o que
lhe vai na alma, quando as emoções mais simples fazem disparar o coração ?
Quem não sentiu aquela ardente paixão, que chega no início
das férias e acaba quando as férias terminam ? Um amor de verão !
Quando as energias do 3 e do 5 se encontram, os sentimentos
costumam ficar fora de controle.
O 3 é um eterno sonhador, um romântico apaixonado. O 5 é um
aventureiro incontrolável, um amante sedutor. Os dois, quando se juntam,
provocam romances e aventuras apaixonantes, tão fantasiosas e intensas que, às
vezes, até parecem amor.Esses sentimentos costumam arder como enormes
labaredas, que até parecem que nunca irão apagar. De repente, a fogueira se
transforma num monte de brasas, que, depois de esfriarem, deixam para trás um
vestígio de fuligem, que, com o tempo, vira uma poeira de mágoas e
ressentimentos.
Escândalos e traições são comuns, sempre que uma paixão
passageira é confundida com o amor.
As causas estão relacionadas a antigos karmas de traição e
adultério, ocorridos em vidas passadas. Esses karmas são identificados pelas
presenças dos números kármicos 14 e 16.
Os desencontros ocasionados por essas paixões kármicas
costumam ser responsáveis por medos e inseguranças, diante de novos
relacionamentos. Algumas vezes, é tamanha essa decepção amorosa, que pode levar
a futuras vidas solitárias e repletas de amargura.
Em tais situações, o 7 passa a predominar, estimulando o
culto ao silêncio e à solidão. Nessas fugas, o antigo amante pode vir a se
tornar o místico e contemplativo estudioso dos segredos do ocultismo.
O interesse e a dedicação à vida espiritual podem afastar
essas pessoas do casamento e de qualquer relação que as aproxime demais das
outras. O rigor com que passam a julgar a todos e a recusa a compartilhar a sua
privacidade são fatores determinantes das dificuldades que elas passam a
encontrar para se relacionarem afetivamente com alguém, principalmente vivendo
debaixo do mesmo teto.
Encontros e desencontros também podem surgir na presença do
número kármico19, que é um coletador das dívidas contraídas noutras vidas.
Aqueles que não souberem interpretar os"perde e ganha", como lições a
serem aprendidas, para que respeitem mais os direitos e valores alheios,
sofrerão permanentes perdas, até quitarem todas as suas dívidas contraídas em
encarnações passadas. Com isso, os seus relacionamentos não perduram por muito
tempo, as separações se sucedem, em meio a sofrimentos e decepções, e aquele
encontro que parecia eterno resulta num novo desencontro, pouco tempo depois.
Os encontros e os desencontros não passam de etapas naturais,
dentro do processo amoroso, pelo qual todos deverão passar, antes de atingirem
um relação amorosa estável e duradoura, simbolizada pelo número 6.
Os sonhos e as fantasias dos números 3 e 5 fazem parte dos
encontros, como peças românticas e amorosas, e nem sempre são motivos de
rompimentos e decepções, como acontece num amor de verão. Eles podem vir a ser
os portais de acesso aos grandes amores, que conduzem à união conjugal
perfeita, preconizada pelo número 6.
Os desencontros devem ser vistos como experiências educativas
na consolidação das uniões, ajudando a entender e superar as dificuldades
kármicas, por obrigar-nos a refletir sobre os nossos erros e defeitos.
Encontros e desencontros sempre fizeram parte da história dos
casais que deram certo. Antes de celebrarem a grande união do 6, muitos casais
sofreram as ilusões do 3 e do 5, mas souberam administrar juntos as
divergências e os conflitos, até encontrarem a harmonia ideal.
Assim como a natureza não pode viver só de primaveras e
verões, o amor também tem seus outonos e invernos. No meio de romances e
paixões, de uniões e separações, vivem-se encontros e desencontros, enquanto se
busca entender o verdadeiro sentido da vida, que nos é revelado pela missão de
cada um de nós.
O despertar para a missão e a determinação em cumprí-la hão
de ser suficientes para harmonizar os nossos sentidos e ajudar-nos a refazer os
contatos, que foram desfeitos, por incompreensão e intolerância, levando-nos a
repetitivos, cansativos, intermináveis, porém, instrutivos encontros e
desencontros.
Quem não souber lidar com esse vai-e-vem amoroso, corre o
risco de ficar para trás e perder o trem da história.
Gilberto Gonçalves
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